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domingo, 18 de agosto de 2019


UM SONETO QUÂNTICO



Vi. Não porque tenho olhos,
Mas por ser capaz de enxergar
Que envolto em mil silêncios
Um novo deu em desabrochar.

Senti. Não por possuir nervos
Mas por de dentro fazer desfecho:
Do que era não somos escravos.
O mundo finda voltando ao eixo.

Vivi. Não porque tenho carne
Mas porque continuaremos a existir
Mesmo despois do remate.

Respiro. Não por pulmões possuir
Mas pela fé petrificada n’alma
De que nunca sessarei de existir.
Jorge Emicles

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